A gestão de uma empresa depende, entre outros fatores, de sua saúde financeira. Um dos maiores desafios enfrentados é o aumento da taxa de inadimplência, que traz grandes prejuízos para o funcionamento de um negócio.
Lidar com esse tipo de situação exige a criação de políticas de cobrança e de concessão de crédito bem estruturadas.
Para fazer isso, entretanto, é preciso entender quais são os principais motivos da inadimplência.
Neste post, vamos explicar melhor o assunto. Continue a leitura e entenda as sete principais causas da inadimplência no Brasil.
1. Desemprego
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre de 2018 o Brasil tinha cerca de 13 milhões de desempregados.
Sem rendimentos mensais fixos, essas pessoas precisam buscar por outras formas de se manter, e é aí que muitos se deparam com dificuldades para arcar com as obrigações financeiras.
Normalmente, quem passa por esse tipo de situação prioriza o pagamento de itens essenciais no dia a dia, como manutenção da casa, saúde e alimentação.
Consequentemente, outras despesas ficam em segundo plano, o que eleva as taxas de inadimplência.
2. Atraso no pagamento de salários
O atraso no pagamento de salários ou de contratos de prestação de serviços está entre os principais motivos de inadimplência.
Em tempos de instabilidade econômica, é comum que as empresas enfrentem desafios, o que pode causar o atraso no pagamento dos colaboradores.
Contas que não são pagas em dia sofrem acréscimo de juros, o que atrapalha todo o planejamento financeiro.
Em alguns casos, o período de inadimplência é curto, mas se os atrasos tornam-se recorrentes ou se estendem por períodos longos, a situação pode se agravar.
3. Queda nos rendimentos
Outro problema recorrente entre os consumidores é a queda nos rendimentos. Isso afeta o orçamento familiar e pode acontecer por diversos motivos, como nos casos em que há a recolocação profissional com um salário inferior ou diante do cancelamento de contratos de prestação de serviços para os trabalhadores autônomos.
Até que todos se ajustem aos novos rendimentos mensais (o que pode levar tempo), há a chance de que alguns débitos fiquem pendentes.
Além disso, a inflação também afeta as finanças: mesmo que os rendimentos não sofram quedas, os reajustes nos preços de produtos e serviços podem reduzir o poder de compra do consumidor.
4. Falta de planejamento financeiro
Quando se fala em motivos da inadimplência, a falta de planejamento financeiro deve ser lembrada.
Ter controle sobre rendimentos e despesas é essencial para evitar o endividamento, mas essa é uma prática que ainda não faz parte do dia a dia de todos os brasileiros.
Sem ter uma ideia real sobre quais são as despesas mensais e quais valores podem ser investidos em novas aquisições sem prejudicar o orçamento familiar, as chances de se assumir mais dívidas do que é possível pagar são bem maiores.
Outro fator que colabora com a ausência de planejamento é a falta de educação financeira. Compras por impulso, por exemplo, ou sem considerar os impactos financeiros no longo prazo, são comuns.
Além disso, é importante ressaltar que, sem planejar as despesas mensais, é fácil esquecer algumas obrigações — como a data de vencimento, por exemplo, que pode passar despercebida.
Nesses casos, pelo menos, o problema pode ser resolvido com mais facilidade.
5. Compras parceladas
As compras parceladas podem ser grandes armadilhas. Como o valor mensal é baixo, tem-se a impressão de que vai ser fácil pagar.
O grande problema é que, muitas vezes, o consumidor se esquece de adicionar essas parcelas a seus gastos mensais.
Essa falta de controle pode resultar em diversos parcelamentos ao mesmo tempo — e isso pode tornar o montante direcionado aos pagamentos mensais alto demais.
Se, em algum momento, não for mais possível pagar todas as parcelas, as pendências começam a se acumular e os juros aumentam.
Nesses casos, os cartões de crédito são uma das principais causas do problema. Conhecidos pelas altas taxas de juros, o atraso na quitação das faturas ou o pagamento de valor inferior ao total fazem que os totais devidos cresçam mês a mês.
Isso torna cada vez mais difícil para o consumidor resolver a situação.
6. Facilidade na aquisição de crédito
Atualmente, os consumidores têm fácil acesso a diversas linhas de crédito. Entre elas estão os empréstimos, os financiamentos, os crediários, o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito e o cheque especial.
Essas costumam ser as opções adotadas diante de problemas financeiros, mas os juros altos podem trazer dificuldades para o pagamento.
Além disso, muitos se iludem com o crédito fácil e adotam essas alternativas de forma recorrente.
O resultado é o mesmo das compras parceladas: com o tempo, os valores devidos mensalmente ficam maiores do que o consumidor pode pagar.
Isso, inevitavelmente, aumenta os índices de inadimplência.
7. Empréstimo do nome para terceiros
Você provavelmente já presenciou esse tipo de situação ou ouviu algum relato: alguém precisa fazer uma compra a prazo ou pegar um empréstimo, não consegue por falta de limite de crédito ou restrições em seu nome e pede o nome de um familiar ou amigo emprestado para isso.
De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), essa atitude é responsável por 17% dos casos de inadimplência no Brasil.
E isso acontece em razão da falta de pagamento por parte de quem pediu o nome emprestado.
O problema é que, ao emprestar o nome, a pessoa se torna responsável pelos pagamentos se o outro deixar de fazê-los.
Assim, ao precisar lidar com uma dívida que não é sua, o orçamento familiar sofre impactos e, muitas vezes, não é possível arcar com os valores devidos.
Quando se conhecem os principais motivos da inadimplência, fica mais fácil estabelecer critérios para concessão de crédito e definir os processos de cobrança.
E essas medidas são fundamentais para reduzir essas ocorrências e garantir o sucesso de um negócio. Pense nisso!
FONTE: ASSERTIVA
LINK DO POST: https://blog.assertivasolucoes.com.br/motivos-da-inadimplencia-no-brasil/